2 de setembro de 2008

Nicky Hopkins, o "Session Man" dos astros do rock

Publiquei no blog Dos 5 Aos 50 uma história sobre o show de Joe Cocker em 77 no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, quando foi acompanhado ao piano pelo extraordinário músico Nicky Hopkins, falecido em 6 de setembro de 1994. Para homenagear o tecladista, faltando poucos dias para completar 14 anos da sua morte, publico o vídeo de uma entrevista feita em 1991 por Merrel Fankhouser, músico e apresentador do programa "California Music", onde Nicky fala sobre sua carreira e, ao mesmo tempo, sobre a história do rock.



Nicky Hoplins - Biografia Resumida

Nicholas Christian Hopkins (24/2/1944 a 6/9/1994), ou simplesmente Nicky Hopkins nasceu em Harlesden, norte de Londres e gravou com os nomes mais importantes do rock. Iniciou sua carreira como pianista dos Savages, banda do Screaming Lord Such, que também tinha Ritchie Blackmore (que viria a ser um dos fundadores do Deep Purple). Músico de estúdio em Londres, no começo dos anos 60 e logo se tornou um dos tecladistas mais requisitados da Inglaterra, graças ao seu estilo de tocar influenciado pelo boogie-woogie.

Desde jovem Nicky sofria da doença de Crohn. A saúde debilitada e a necessidade de sofrer várias cirurgias, contribuiu para sua opção por um trabalho de estúdio. Assim, ele participou de muitas gravações daquela época em que várias bandas surgiam.

Entre outros, Nicky tocou nos discos dos Kinks, Donovan, em vários trabalhos dos Rolling Stones, entre eles Between the Buttons, Theire Satanic Majesties Request, Beggars Banquet, Let It Bleed e no Jamming With Edward (gravação não-oficial dos Stones realizada durante as sessões do Let It Bleed onde junto com Mick Jagger, Bill Wyman e Charlie Watts, mais Ry Cooder aguardavam a chegada de Keith Richards). O “Edward” do título era o próprio Nicky. O codinome foi dado graças a uma participação memorável do tecladista na canção “Edward, the Mad Shirt Grinder”, gravada pela banda Quicksilver Messenger Service no LP Shady Grove.

Em 1965 Nicky tocou piano na música My Generation, do album de estréia do The Who além de participar de gravações dos Beatles e dos Kinks e nos álbuns solo de John Lennon e Jeff Beck. Nicky também ajudou a fazer o “Som de San Francisco”, participando de bandas como Steve Miller Band e Jefferson Airplane, no festivel de Woodstock.

Em 1967 entrou para o Jeff Beck Group, onde tocou com Ronnie Wood, Rod Stewart e Micky Waller nos discos Truth e Beck Ola. Fez parte dos Rolling Stones durante os anos de 71 e 72, quando fez turnês pelo mundo com a banda. Tocou também com Jerry Garcia.

Em 1973 lançou um disco solo, “The Tin Man Was a Dreamer” que contou com a guitarra de George Harrison (nos créditos aparece como George O’Hara), Mick Taylor e Prairie Prince, que viria a tocar bateria na banda punk The Tubes. Neste álbum pode-se escutar Nicky Hopkins cantando.

Um tremendo músico de estúdio, Hopkins era reconhecido pela habilidade de realizar performances maravilhosas com pouco ou nenhum ensaio. Também adorava ler HQs no estúdio. A música Session Man dos Kinks foi dedicada a ele (e conta com a sua participação!).
Morreu por complicações de uma cirurgia intestinal em 6 de setembro de 1994.

Que os Deuses da Música o guardem em paz, Nicky Hopkins!

2 comentários:

  1. por isso que a gente se dá bem.
    por falar em piano e em joe cocker, o dvd que corresponde ao álbum homônimo gravado em estúdio, mad dogs & englishmen, é sensacional. vc já viu??? joe cocker, em 1971, um avião e um big bus cheios de gente, além do dog que foi junto pra autenticar a façanha.
    o piano ficou por conta do meu amado, idolatrado ... salve salve!!! leon russel.

    beijo.

    ResponderExcluir
  2. Oi Requeri, ainda não vi o DVD "Mad Dogs & The Englishmen", mas asisti o filme algumas vezes na época em que foi lançado. Leon Russel é outro pianista fantástico, que curto muito!
    Beijo.

    ResponderExcluir

Rock and Roll Everybody! Scubi, o Lobo do Rock agradece a sua visita! Considere a possibilidade de assinar o feed ou receber as postagens por e-mail, mas volte sempre!