3 de julho de 2008

Acidente: A fina arte de dar murro em ponta de faca

O Acidente lançou Guerra Civil em 1981, seu primeiro vinil independente de rock, com 15 músicas de estilos variados, produzido por Paulo IzecksohnAcidente em 1981 (esq.): Paulo Malária, Helio "Scubi" Jenné, Zeca Pereira, Fernando Sá e Guto Rolim

Matéria de Marcelo Spindola Bacha e Paulo Malária
Publicado em 13/05/08 no
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Escrever um texto sobre o velho Acidente não é uma tarefa das mais simples. Conhecendo Paulo Malária, a figura por detrás desse nome legendário, há diversos anos (quando penso que, nos anos 80, trocávamos idéias por carta, me parece realmente que é muito, muito tempo...), tive a satisfação de presenciar algumas passagens curiosas e escutar outras tantas histórias, sempre bem contadas e com reminiscências vívidas. Malária tem essa característica, além de escrever bem, com raciocínio claro, sabe prender a atenção com seus pontos de vista inusitados. E que memória! Falando de música em geral, é uma enciclopédia ambulante. Querendo se lembrar de alguma música que tenha ficado no top das paradas nos anos 60, 70, 80, nos Brasil, nos EUA ou na Europa, basta perguntar, tudo está sempre na ponta da língua: autor, compositor, intérprete, etc. OK que jamais paramos para conferir as respostas, mas os detalhes são tão convincentes, que nunca parece ter necessidade...

Voltando ao texto em questão aqui, a idéia não era fazer uma biografia tradicional, nem algumas daquelas perguntas burocráticas que surgem em qualquer entrevista assim. Pedi ao Malária para ele contar um pouco da história do Acidente, mas ilustrando sempre com suas opiniões sobre o contexto musical de ontem e hoje, incluindo algumas de suas famosas anedotas, porque ninguém é de ferro! Como ele diz abaixo, os detalhes sobre os discos, as músicas e tudo mais, estão bem dispostos no site da banda, (só ele mesmo para descolar um domínio de Internet nas Ilhas Ascenção…). Como ele prefere não se aprofundar muito no aspecto musical da própria obra, por modéstia ou qualquer outro motivo, cabem aqui alguns breves comentários ilustrativos, para situar um pouco quem não conhece cada álbum.

Leia a matéria na íntegra


2 comentários:

  1. jenninho, rock é tudo, não passa pela minha cabeça qualquer definição - meio preguiçosa, pero verdadeira - que não esta.
    fui casada por mais de 20 anos com o rock ... se eu trouxe, para aquela união, 3 malas cheias dele, quando sai dela levei 300 malas. consegui criar um filho sob essa base que, hj, ganha a vida com isso ... rock, música ...
    bem, tudo pra dizer que minha memória particular e por demais pensativa - não lembro metade do que essas enciclopédias vivas lembram - sofreu as agruras de ter um cara parecido com o malária dormindo comigo na mesma cama por aqueles mais de 20 anos.
    acertar primeiro acorde, segundo - terceiro acorde já não estava no páreo, é pra iniciantes desmemoriados - quem canta, compositor, produtor, dia da gravação, quem toca o sininho, quem geme baixinho na gravação, cor do sapato do vocalista, da cueca, quantos discos vendeu, dia do lançamento - esse é bába - lennon ou mccartney??? - essa é a mais fácil - crosby, stills, nash ou young??? - sempre confundo as vozes ... e, por aí, ia longe. além do dia a dia, juntávamos todos aos sábados - 2 ou 3 por mês - nos quais entrávamos na casa de um de nós lá pelas 14 ou 15h00 esticando até a madrugada. a criançada dormia no chão, com o som sempre ... SOM!!! ...
    meu filho, invariavelmente dormia com a orelha grudada na caixa de som. se algum preocupado ousasse baixar, ele acordava. o pai dessa criança é a memória pior de acompanhar e caiu pra mim ... rsrs ... tive que aprender na marra contrariando meu relaxamento muscular cerebral congênito.
    mas, o que me satisfaz é a lembrança de tudo acontecendo naqueles momentos. não tem como não decorar. aula prática, áudio-visual, é fundamental.

    é isso. manda um beijo pro malária e outro pra vc. rê.

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  2. Obrigado Requeri! Gostei do seu comentário/depoimento. Somos galhos da mesma árvore do rock and roll, rs. As lembranças são a argamassa que une os momentos especiais (os bons e os nem tanto assim). É bom te-las! Um beijão e uma ótima semana.

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