22 de janeiro de 2013

Smoke on The Water, do Deep Purple tem um riff de guitarra icônico

Capa do compacto com a música "Smoke On The Water"
"Smoke on the Water" é uma música da banda inglesa de rock Deep Purple. Foi lançada no álbum Machine Head, em 1972 e como compacto, em 1973. A música é famosa por ter um dos riffs de guitarra mais emblemáticos do Rock. Em 2004 a revista Rolling Stone a classificou em 434º lugar na lista das 500 maiores canções de todos os tempos. Decidi publicar essa maravilha do rock como complemento do post que publiquei no blog Meu Blues Pra Você, sobre o comercial do Sandero GT Line da Renault.



Smoke On The Water
John Lord, Ian Paice, Ian Gillan, Roger Glover, Ritchie Blackmore

We all came out to Montereax,
On the Lake Geneva shoreline.
To make records with a mobile,
We didn't have much time.
But Frank Zappa and the Mothers,
Were at the best place around,
But some stupid with a flare gun,
Burned the place to the ground.
Smoke on the water and fire in the sky.
Smoke on the water...

They burned down the gambling house,
It died with an awful sound.
(Uh) Funky Claude was running in and out,
Pulling kids out the ground.
When it all was over,
We had to find another place.
But Swiss time was running out,
It seemed that we would lose the race.
Smoke on the water and fire in the sky.
Smoke on the water...

We ended up at the Grand Hotel.
It was empty cold and bare.
But with the Rolling truck Stones thing just outside,
Making our music there.
With a few red lights, a few old beds,
We made a place to sweat.
No matter what we get out of this,
I know I know we'll never forget.
Smoke on the water and fire in the sky.
Smoke on the water...

Capa do vinil "Machine Head" do Deep Purple, de 1972
A letra da canção fala de uma história verídica: em 4 de dezembro de 1971, o Deep Purple chegou em Montreux, na Suíça, para gravar um álbum usando um estúdo de gravação móvel (alugado dos Rolling Stones, e conhecido como Rolling Stones Mobile Studio, chamado de "Rolling truck Stones thing" e "the mobile" na letra da música) no complexo de entretenimento que fazia parte do Cassino de Montreux (chamado de "the gambling house", "casa de apostas", na letra). Na véspera da sessão de gravação um show de Frank Zappa e The Mothers of Invention foi realizado no teatro do cassino e, durante o show, um incêndio se iniciou; no meio do solo de sintetizador de "King Kong", alguém na plateia disparou um sinalizador (flare gun) no teto de ratã, incendiando-o (o que é mencionado no verso "some stupid with a flare gun", "um idiota com um sinalizador"). O incêndio destruiu todo o complexo do cassino, juntamente com todo o equipamento do Mothers. A "fumaça na água" que se tornou o título da canção (creditado ao baixista Roger Glover) referia-se à fumaça vinda do fogo, que se espalhou pelo lago de Genebra (também conhecido como lago Léman) a partir do cassino em chamas, enquanto os membros da banda o assistiam de seu hotel, do outro lado do lago. O "Funky Claude" que, segundo a letra, "entrava e saía correndo" (running in and out) é Claude Nobs, diretor do Festival de Jazz de Montreux, que ajudou parte da plateia a fugir das chamas.

Vendo-se com uma unidade móvel de gravação caríssima, porém sem lugar algum para usá-la, a banda foi obrigada a percorrer a cidade, em busca de um lugar para se instalar. Um local promissor, encontrado por Nobs, era um teatro local chamado The Pavillion - porém assim que a banda descarregou e começou a trabalhar, os vizinhos se incomodaram com o barulho; a banda pôde apenas gravar as faixas de fundo para uma canção (baseada no célebre riff de Ritchie Blackmore, e chamada temporariamente de Title n.º1, "Título n.º 1"), antes que a polícia local interrompesse a sessão.

Após cerca de uma semana de procura, a banda finalmente alugou o Grand Hotel de Montreux, praticamente vazio, e converteu alguns de seus corredores e escadas num improvisado estúdio de gravação, onde gravaram a maior parte das faixas daquele que viria a ser o seu álbum mais bem-sucedido comercialmente, Machine Head, incluindo a maior parte da própria "Smoke on the Water" (embora a letra tenha sido composta posteriormente).

Em 1973 o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover abandonaram a banda, e foram substituídos por David Coverdale e Glenn Hughes, que dividiam os vocais. Quando interpretavam a canção, Coverdale cantava a primeira estrofe, Hughes a segunda, e ambos cantavam em harmonia a terceira estrofe e o refrão, alterando, no entanto, a letra do terceiro verso para a do primeiro.

Quando Steve Morse entrou na banda, tornou-se uma tradição que ele tocasse o seu solo de guitarra antes desta música, nas exibições ao vivo. Este solo consistia de um medley de solos, licks e riffs de diversos clássicos do rock, interligados por algumas frases em tapping.

The Smoke On The Water Riff

"Smoke on the Water" saiu no álbum Machine Head, do início de 1972, porém não foi lançada como single até um ano depois, em maio de 1973. Os membros da banda disseram que não esperavam que a canção fosse um sucesso, porém o single chegou à quarta posição da parada de pop da revista americana Billboard, durante o verão daquele ano, à segunda posição da revista canadense RPM, e levou o álbum ao Top 10. Performances ao vivo da canção, que contavam com longas interações entre a guitarra de Blackmore e o órgão Hammond de Jon Lord, tornaram-se um ponto central dos shows da banda, e uma versão de "Smoke on the Water" do álbum ao vivo Made in Japan tornou-se também um sucesso naquele ano.

Os principais compositores da canção a incluíram em seus repertórios durante as carreiras solo que iniciaram, com o fim da banda; Ian Gillan, em especial, executava uma versão influenciada pelo jazz em seus espetáculos, influenciada pelo guitarrista de sua banda, Bernie Torme. A canção também era tocada pela banda de Ritchie Blackmore pós-Deep Purple, o Rainbow, durante suas turnês de 1981 a 1983, e durante a breve reunião da banda, no meio da década de 1990. Durante o período em que Ian Gillan fez parte do Black Sabbath, em 1983, "Smoke on the Water" era executava como peça fixa do repertório, especialmente como bis; até hoje é uma das poucas covers que o Black Sabbath já tocou ao vivo.

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